A última dança neoliberal sobre o vulcão
Dienstag, 02. März 2021Tomasz Konicz, Tradução de Boaventura Antunes
A administração democrática do idoso presidente do establishment Joe Biden não será capaz de resolver os gigantescos problemas que os EUA enfrentam
O que podemos esperar de Joe Biden, o 46º presidente dos Estados Unidos da América? Não muito, porque parece certo, dado o seu avançado declínio mental, que o idoso homem do establishment terminará o seu mandato prematuramente, a fim de entregar a presidência a algum insider de Washington – como a Vice-Presidente Kamala Harris, notória como procuradora-geral dura. Independentemente das personalidades específicas, não se pode esperar nenhuma mudança substancial de política por parte da administração democrática, que consiga enfrentar eficazmente a profunda crise social e ecológica em que se encontram os EUA, tal como todo o sistema mundial capitalista tardio. Biden concorreu contra Trump, segundo o slogan da campanha, para assegurar o „regresso à normalidade“, como se o populista de direita na Casa Branca fosse apenas um „percalço“ – em vez de um sintoma especificamente americano da crise mundial do capital. A ideia profundamente conservadora de querer fazer voltar atrás o relógio da história no meio da crise sócio-ecológica em curso, a fim de restaurar uma „normalidade“ neoliberal que em si mesma é uma consequência e um amplificador da crise, só pode envergonhar-se amargamente perante esta mesma realidade.
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